domingo, 11 de abril de 2010

SEGURANÇA: SISMOS


SEGURANÇA: PREVENIR INCÊNDIOS

GUIÃO:CONSTRÓI O TEU COMPOSITOR ESCOLAR

Hoje vais proceder à montagem do teu “Compostor Escolar”
-> Desloca-te ao recinto escolar, com as tuas professoras e colegas;
-> Dirige-te para o local onde irás montar o Compostor, levando contigo todos os
materiais que necessitas para o efeito:
- 2 Cestos - Lápis e Bloco de notas
- 1 Bengala - Termómetro
- Algumas Pedras - Luvas
- Material Orgânico - Solo

1) Chegaste ao local onde irás montar o teu “Compostor Escolar”. Coloca os materiais no chão e inicia a montagem.
a. Coloca o cesto maior no solo, debaixo de uma árvore.
b. De seguida, no interior do cesto maior, coloca algumas pedras e o cesto mais pequeno.
2) Agora que acabaste de instalar o Compostor, prepara o Material
Orgânico para colocares no seu interior:
a. Começa por tapar o fundo do Compostor com solo.
b. Coloca os materiais no Compostor em várias camadas, intercalando os Materiais
Castanhos (ramos, folhas secas, etc.) com os Materiais Húmidos (restos de hortaliça e de pão, borras de café, etc.).
c. Repete esta acção até teres terminado de encher o Compostor com todo o material
orgânico que reuniste.
d. Coloca uma nova camada de solo a tapar toda a superfície do Compostor.
3) Terminada a introdução do Material Orgânico no Compostor, deves controlar os factores temperatura, humidade e arejamento, durante todo o processo de compostagem:
a. Insere um termómetro no interior do Compostor, e ao fim de 10 minutos,
regista a temperatura num bloco de notas.
b. Verifica se a humidade inicial é suficiente, caso contrário, rega o conteúdo do
compostor com água.

Importante:
-> Deves efectuar medições de temperatura 1 vez por semana, ao longo de todo o processo.
-> Constrói um gráfico em papel milimétrico com o registo das medições; o eixo das abcissas terá os valores da temperatura e o eixo das ordenadas as datas da medição.
-> Quanto à humidade, deverás fazer a sua monitorização 1 vez por semana.
-> Deves ainda revolver o conteúdo do compostor 1 vez por semana, para promover o seu
arejamento.

4) O Composto está pronto a ser utilizado como fertilizante passados 4 a 8 meses do início do processo.

EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA

Recomendações do Fórum Educação para a Cidadania
3 de Jun de 2008

Assegurar a Educação para a Cidadania Global como uma componente do currículo de natureza transversal, a desenvolver em todas as áreas curriculares disciplinares e não disciplinares, ao longo de todos os ciclos de ensino, é uma das principais recomendações apresentadas no documento “Objectivos estratégicos e recomendações para um plano de acção de Educação para a Cidadania”, elaborado pela comissão de redacção do Fórum Educação para a Cidadania.

No âmbito do núcleo de reflexão Problemática da Cidadania na Escola, integrado no Fórum, as recomendações apontam para a identificação de um núcleo de competências essenciais a desenvolver transversalmente em todo o currículo, tendo em conta três eixos fundamentais: postura cívica individual, relacionamento interpessoal e relacionamento social e intercultural.

A adopção de um referencial pedagógico que inclua conteúdos concretos e constitua orientação geral para a área de Formação Cívica é outra das recomendações inseridas no documento, que salienta a importância da abordagem de temáticas relevantes na sociedade contemporânea, nomeadamente das que incidem sobre o consumo responsável, a segurança humana e os média.

Defende-se, igualmente, a abordagem de questões relacionadas com a Educação para a Cidadania Global na Área de Projecto, na medida em que esta área curricular não disciplinar favorece a articulação dos saberes de diversas áreas curriculares, quer ao nível da reflexão sobre os direitos humanos, quer no que respeita às questões emergentes na sociedade actual.

Para que a escola se assuma enquanto espaço privilegiado de exercício da cidadania, salienta-se a importância das vivências de cidadania, consubstanciadas na identificação das falhas no funcionamento do estabelecimento de ensino e no desenvolvimento de processos partilhados de resolução que permitam ultrapassá-las, com benefício para toda a comunidade educativa.

Neste sentido, as escolas devem conceber os seus projectos educativos como projectos de cidadania global, que impliquem vivências de exercício da cidadania nos diferentes espaços curriculares, disciplinares e não disciplinares, bem como nos contextos extracurriculares e não formais.

A formação inicial e contínua de professores e de outros grupos de profissionais e de agentes educativos, direccionada para a aquisição de competências para trabalhar a Educação para a Cidadania Global na escola, é considerada essencial para garantir a transversalidade da dimensão da cidadania nos conteúdos programáticos, nas metodologias e nas atitudes, em todas as situações vividas nos estabelecimentos de ensino.

Nomeadamente para a abordagem dos diversos conteúdos temáticos da Educação para a Cidadania Global, a desenvolver na área de Formação Cívica, deve ser assegurada formação específica de docentes que lhes confira habilitação adequada para o efeito.

A concepção, a adaptação, o desenvolvimento e a difusão de recursos e de materiais, destinados aos diversos ciclos de ensino, são valorizados no referido documento para servir de apoio ao trabalho de professores e de alunos.

A criação do Fórum de Educação para a Cidadania, uma iniciativa do Ministério da Educação e da Presidência do Conselho de Ministros, no ano de 2006, teve como principal objectivo a apresentação de orientações para um Plano de Acção de Educação para a Cidadania.

Presidido por Eduardo Marçal Grilo, o Fórum Educação para a Cidadania é uma iniciativa inédita em Portugal, que reúne diversas personalidades e instituições da sociedade civil que, a título independente, aceitaram dar o seu contributo intelectual e o seu empenho cívico para uma reflexão alargada sobre a cidadania.

Pretendia-se, designadamente, a identificação de práticas de referência e a apresentação de recomendações que ajudassem a concretizar um plano de acção capaz de permitir utilizar, de forma adequada, as áreas curriculares não disciplinares e, em particular, a Área de Projecto e a Formação Cívica, e de propiciar o desenvolvimento de projectos transversais nos espaços disciplinares.

Tendo em conta a pluralidade de participantes e a necessidade de situar os objectivos num contexto alargado e coerente, mas também aprofundado e pragmático, os debates organizaram-se em torno de dois núcleos de reflexão - Grandes Questões da Cidadania e Problemática da Cidadania na Escola.

O documento "Objectivos estratégicos e recomendações para um plano de acção de Educação para a Cidadania" sintetiza e integra os debates do Fórum, enquadrando e sistematizando as medidas consideradas objectivos estratégicos da Educação para a Cidadania, nomeadamente no âmbito da educação.

FORMAÇÃO CÍVICA

Organização e gestão do currículo
21 de Jul de 2008

O Ministério da Educação definiu os princípios orientadores a que devem obedecer a organização e a gestão do currículo, com o objectivo de colmatar quer a excessiva disciplinarização da função docente no 2.º ciclo, quer alguns constrangimentos ao nível do cumprimento dos objectivos e das finalidades que presidem à criação das áreas curriculares não disciplinares.

Assim sendo, importa fazer cumprir os objectivos que presidem ao ensino básico e à sua organização, os quais pressupõem o regime de professor por área no 2.º ciclo para o desenvolvimento de áreas interdisciplinares de formação básica, conforme previsto na Lei de Bases do Sistema Educativo Português.

Este conceito determina a necessidade de uma distribuição de serviço lectivo, ao nível da turma e da escola, de forma a permitir a redução do número de professores por turma, uma vez que o recrutamento dos docentes do 2.º ciclo se destina a uma determinada área curricular disciplinar. Esta organização deverá facilitar o trabalho transversal, de forma a cumprir o Projecto Curricular de Turma como instrumento decisivo para a regulação das aprendizagens e para a organização da vida escolar.

Relativamente às três áreas curriculares não disciplinares (Área Projecto, Estudo Acompanhado e Formação Cívica), pretende-se que o trabalho realizado contribua para uma intervenção conjugada dos docentes, materializada no Projecto Curricular de Turma.

Estas orientações aplicam-se aos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas com ensino básico, e têm como objecto a distribuição do serviço docente nas áreas curriculares disciplinares, ao nível do 2.º ciclo, e a identificação de algumas das actividades a desenvolver no âmbito das áreas curriculares não disciplinares.

A distribuição do serviço docente, no 2.º ciclo, passa a assegurar, sempre que possível, que cada docente leccione à mesma turma as disciplinas ou áreas disciplinares relativas ao seu grupo de recrutamento.

Cabe ao director de turma leccionar à mesma turma as disciplinas ou áreas disciplinares respeitantes ao seu grupo de recrutamento, a área curricular não disciplinar de Formação Cívica e, sempre que possível, uma das outras áreas curriculares não disciplinares.

Nos 2.º e 3.º ciclos, a área disciplinar da Formação Cívica deve ser atribuída aos directores de turma e o seu tempo curricular deve ser utilizado para, através da participação dos alunos, regular os problemas de aprendizagem e da vida da turma, bem como para desenvolver projectos no âmbito da cidadania e da participação cívica.

O módulo de Cidadania e Segurança deve ser trabalhado na área da Formação Cívica, em cinco blocos de 90 minutos, ao longo do 5.º ano de escolaridade, de acordo com uma sequência e um calendário a definir pela escola e tendo em conta as orientações da Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular.

O trabalho desenvolvido em cada uma das áreas já referidas deve ser objecto de uma avaliação participada e formativa, no contexto da turma, e de uma avaliação global, no final do ano lectivo, a realizar pelo conselho pedagógico, da qual deve resultar um relatório. No final do ano lectivo, o director envia à direcção regional de educação respectiva esta avaliação global.


•Despacho n.º 19308/2008

FORMAÇÃO CÍVICA

Formação Cívica

A Formação Cívica é um espaço privilegiado para o desenvolvimento da educação para a cidadania, constituindo um espaço de diálogo e reflexão sobre experiências vividas e preocupações sentidas pelos alunos e sobre questões relativas à sua participação, individual e colectiva na vida da turma, da escola e da comunidade. A actividade a desenvolver neste domínio contará com o apoio de um tempo semanal para sessões de informação e de debate que, entre outros, pode assumir o formato de assembleia de turma.

Finalidades
Desenvolver competências necessárias ao exercício da cidadania.

Desenvolver nos alunos atitudes de auto-estima, respeito mútuo e regras de convivência que conduzam à formação de cidadãos tolerantes, autónomos, participativos e civicamente responsáveis.

Promover valores de tolerância, solidariedade e respeito pelos outros.

Estimular a participação activa dos alunos na escola e na sociedade.

Proporcionar aos alunos momentos de reflexão sobre a vida da escola e os princípios democráticos que regem o seu funcionamento.

Pressupostos
Todos os momentos são propícios à reflexão sobre a educação para a cidadania, nas aulas e fora delas, na participação da organização da vida escolar, nos estudos, nas actividades desportivas, nos tempos livres, no convívio e nas regras que o orientam.

A cidadania exerce-se na participação, cooperação, tomada de decisão e expressão de opinião com liberdade e responsabilidade.

Nesta área devem ser promovidas situações de aprendizagem que integrem dimensões da vida individual e colectiva, bem como conhecimentos fundamentais para compreender a sociedade e as suas instituições.

Aquisição de competências, individualmente e em grupo, para a construção de um projecto de vida saudável nas vertentes física, psíquica e social.

Princípios orientadores
Esta componente curricular não é de exclusiva responsabilidade de um professor ou de uma disciplina, mas sim de todas as disciplinas e áreas do currículo, visto abarcar todos os saberes e abranger todas as situações vividas na escola;

De modo a favorecer o desenvolvimento desta área, existe um tempo semanal no horário dos alunos e do director de turma, destinado à informação, sistematização e aprofundamento dos assuntos;

Na sua vertente de apoio de um tempo semanal, deve:

ser planificada pelo director de turma após ouvido e o conselho de directores de turma e o conselho de turma, tendo em conta o projecto educativo, o projecto curricular de escola e de turma;

ser um espaço privilegiado para a discussão e construção de regras/normas de conduta adequadas;

constituir também um espaço de diálogo e reflexão sobre assuntos específicos apresentados pelos alunos.

Intervenientes
Esta área curricular é discutida, planificada e gerida em conselho de turma, sendo a sua operacionalização da responsabilidade do director de turma.

Avaliação
A avaliação desta área curricular não disciplinar caracteriza-se por ser descritiva, baseada na auto-reflexão, no conhecimento que o aluno tem de si próprio e da sua evolução. Este tipo de reflexão deve ser orientado pelo director de turma, podendo o mesmo recolher contributos dos professores das áreas disciplinares/disciplinas, no sentido de validar a evolução dos alunos. Compete ao conselho de turma proceder à avaliação sumativa mediante proposta do professor que lecciona a área de Formação Cívica.

EDUCAR PARA A CIDADANIA: PROPOSTAS

Educar para a Cidadania - Propostas
Educar para a Cidadania
Maria Virgínia Arantes

À luz dos Princípios e Valores orientadores do Currículo, a Educação para a Cidadania afecta transversalmente todo o processo educativo.
As competências que seguidamente se enunciam, de forma sumária e a título exemplificativo, reflectem necessidades sentidas por todos os actores envolvidos na formação do aluno. É um contributo simples e despretensioso, apenas um ponto de partida para um trabalho de reflexão, enriquecimento e adequação à realidade dos alunos que temos.
A sua operacionalização ocorrerá de forma diversificada, atendendo às idades, níveis de desenvolvimento (cognitivo, nomeadamente), solicitações, interesses e preocupações dos alunos ou turmas.
O nosso quotidiano é fértil em oportunidades de concretização, sobretudo se a nossa postura for interventiva e se não nos deixarmos prender pela premência e imprescindibilidade dos nossos conteúdos programáticos.
O Conselho de Turma, por seu lado, poderá privilegiar aspectos que considere prioritários para o grupo de alunos em questão e propor o seu aprofundamento em Formação Cívica.

Proposta de competências a desenvolver

Atitudes e valores
A Educação para a Cidadania capacitará o aluno a:

o Compreender os limites da liberdade individual.
o Comportar-se de forma solidária com os que o rodeiam.
o Participar em acções ou campanhas de solidariedade.
o Orientar as suas atitudes pelo respeito por si e pelos outros.
o Valorizar a importância da amizade.
o Actuar com honestidade e lealdade.
o Valorizar a justiça.
o Fazer juízos valorativos.
o Antecipar, ao nível moral, as consequências dos seus actos.
o Resolver dilemas morais.
o Avaliar criticamente atitudes, mensagens, à luz dos valores.
o Aceitar diferentes credos e formas de viver.
o Avaliar e defender o respeito pelos Direitos Humanos.
o Relacionar criticamente progresso e dignificação do Homem.
o Revelar sensibilidade à Beleza.
o Compreender a função distintiva dos Valores na sexualidade humana.

Desenvolvimento pessoal
A Educação para a Cidadania capacitará o aluno a:

o Saber ouvir.
o Exprimir ideias e pontos de vista.
o Informar-se.
o Trabalhar de forma autónoma.
o Reflectir e autoquestionar-se.
o Pedir ajuda, apoio, conselho.
o Tomar decisões.
o Interpretar sentimentos.
o Exteriorizar emoções.
o Controlar emoções.
o Analisar os seus pontos fracos / pontos fortes.
o Formular objectivos para si próprio.
o Traçar metas para o seu desenvolvimento.
o Antecipar as consequências dos seus actos.
o Resistir a pressões ou influências.
o Adaptar-se a mudanças.
o Avaliar o seu desempenho.
o Propor soluções para uma situação ou problema.
o Saber prevenir situações de risco.
o Questionar-se em função de padrões de vida saudável.
o Ter hábitos de higiene.
o Compreender os efeitos positivos da prática regular de exercício físico.
o Compreender modificações físicas e emocionais ligadas à sexualidade.

Desenvolvimento interpessoal/social
A Educação para a Cidadania capacitará o aluno a:

o Saber ouvir.
o Participar num debate/argumentar.
o Autodisciplinar a sua participação.
o Aceitar pontos de vista diferentes dos seus.
o Interpretar reacções.
o Ser sensível a sentimentos.
o Evitar situações de conflito.
o Negociar.
o Resolver conflitos.
o Criar empatia com os outros.
o Analisar pontos fracos /pontos fortes nos outros.
o Apreciar qualidades e competências.
o Trabalhar com os outros.
o Partilhar saberes.
o Empenhar-se na resolução de dificuldades dos outros.
o Cooperar na busca de soluções para situações ou problemas.
o Participar em projectos colectivos.
o Avaliar criticamente o desempenho dos outros.
o Adaptar-se a situações comunicacionais diversas.
o Relacionar-se correctamente com os seus pares e com os adultos.
o Consciencializar-se da importância do indivíduo no bem-estar colectivo.
o Ser sensível ao sofrimento físico e emocional.
o Aceitar a diferença (individual, cultural, ...).
o Implicar-se na defesa do ambiente.
o Tomar posição perante agressões ao ambiente.
o Participar na definição de regras de funcionamento e convivência.
o Descobrir a importância ou a simbologia das heranças culturais da sua comunidade.
o Compreender o funcionamento e a finalidade de instituições ou organizações.

CIDADANIA/CIDADÃO

Conceito de cidadania | cidadão
A. "A cidadania é responsabilidade perante nós e perante os outros, consciência de deveres e de direitos, impulso para a solidariedade e para a participação, é sentido de comunidade e de partilha, é insatisfação perante o que é injusto ou o que está mal, é vontade de aperfeiçoar, de servir, é espírito de inovação, de audácia, de risco, é pensamento que age e acção que se pensa."

Jorge Sampaio, in Educar para a Cidadania, Maria de Lourdes L. Paixão, Lisboa Ed.


B. "A educação para a cidadania constitui uma garantia da democracia e só pode realizar-se em contextos experienciais democráticos. Diz respeito a todas as instituições de socialização, de formação e de expressão da vida pública, mas, naturalmente, cabe aos sistemas educativos desenvolverem, nas crianças e nos jovens, os saberes e as práticas de uma cidadania activa.
Na última década, várias organizações internacionais têm vindo a apresentar aos governos e à opinião pública propostas que desenvolvem o conceito de educação para a cidadania, enumerando os valores que a devem sustentar e sugerindo estratégias educativas.
São de referir, em especial, o projecto do BIE/ UNESCO "Que educação para a cidadania?", o projecto do Conselho da Europa "Educação para a Cidadania Democrática", o relatório da EU "Construir a Europa pela Educação e a Formação" e o relatório Delors da Unesco "A Educação, um Tesouro a Descobrir". Os quatro são convergentes nos objectivos e nas orientações:
- o desenvolvimento humano; a participação democrática; a coesão social.
As componentes de uma educação para a cidadania estão abrangidas no emblemático conjunto de aprendizagens fundamentais, referido no relatório Delors pelos quatro pilares da Educação:
- aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a ser; aprender a viver juntos.
Neles podemos reconhecer a formação pessoal para a autonomia moral e a responsabilidade, o conhecimento e o juízo crítico, a empatia e a comunicação, bem como a formação social para a escolha e a decisão, a cooperação, a intervenção e o compromisso, que constitui o quarto pilar inovador: aprender a viver juntos."

Maria de Lourdes L. Paixão, Educar para a Cidadania, Lisboa Ed. (texto adaptad

Objectivos Gerais da Formação Cívica

Desenvolver competências necessárias ao exercício de cidadania;
Promover atitudes de auto-estima, respeito mútuo e regras de convivência que conduzam à formação de cidadãos autónomos, participativos e civicamente responsáveis;
Promover valores de tolerância e solidariedade;
Estimular a participação dos alunos na vida da turma, da escola e da comunidade.

Objectivos Específicos da Formação Cívica

Debater os problemas da turma e resolver conflitos;
Valorizar as experiências vividas e sentidas pelos alunos;
Promover o diálogo e a reflexão sobre questões relativas à participação/actuação individual e colectiva nos diferentes espaços da escola, recorrendo a atitudes normas e valores que visem a sua preservação e melhoria.
Promover o diálogo e a reflexão sobre as regras de convivência e respeito mútuo na comunidade educativa, questionando comportamentos, atitudes e valores;
Consciencializar os alunos para a importância das relações humanas e a existência de regras de conduta social;
Adquirir hábitos de participação democrática ao nível do debate de ideias;
Aprender a exprimir opiniões fundamentadas.

METODOLOGIAS

Metodologias pedagógicas activas utilizando estratégias como:
Trabalho de Grupo;
Debates;
Pesquisa orientada de textos e imagens;
Visionamento de Vídeos e DVDs
Presença na escola de membros da comunidade e convidados;
Organização de um “Diário de Formação Cívica” (caderno de reflexão de cada aluno sobre temáticas tratadas).
• Assembleia de turma (por ex. para resolução de problemas);
• Debate;
• Diálogo e intercâmbio de experiências vividas pelos alunos;
• Actividades lúdicas, como ponto de partida para discussão de temas;
• Dramatizações;
• Visionamento e discussão de filmes;
• Leitura e discussão de histórias, biografias, factos, notícias, etc.;
• Intervenção activa na escola e na comunidade;
• Divulgação de actividades/resultados.

OUTROS TÓPICOS PARA AVALIAÇÃO

NÃO SATISFAZ
Não intervém nas tarefas/actividades;
Não manifesta empenhamento;
Não é responsável;
Não tem sentido crítico;
Revela pouca tolerância/respeito pelos outros alunos e fraco sentido de justiça;
Não colabora e raramente coopera com solidariedade;
Revela pouca consciência democrática;
Tem fraca capacidade de diálogo
Não participa de forma organizada
Não respeita as ideias dos outros
Não colabora nas actividades propostas
Não realiza as actividades propostas
Não revela sentido de responsabilidade

SATISFAZ
Intervém nas tarefas/actividades;
Manifesta empenhamento;
É responsável;
Tem sentido crítico;
É tolerante, respeitador, e revela sentido de justiça;
Colabora e coopera com solidariedade;
Revela consciência democrática;
Tem capacidade de diálogo.
Participa de forma organizada
Respeita as ideias dos outros
Colabora nas actividades propostas
Realiza as actividades propostas
Revela sentido de responsabilidade

SATISFAZ BEM
Intervém com muito entusiasmo nas tarefas /actividades;
Manifesta muito empenho;
É muito responsável e tem sentido crítico muito desenvolvido;
É muito tolerante, muito respeitador e tem sentido de justiça;
Colabora activamente e coopera com solidariedade;
Tem consciência democrática;
Dialoga com muita facilidade.
Participa sempre de forma organizada
Respeita sempre as ideias dos outros
Colabora sempre nas actividades propostas
Realiza sempre as actividades propostas
Revela sempre sentido de responsabilidade

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: PLANIFICAÇÃO

Planificação da Área Curricular não disciplinar de FORMAÇÃO CÍVICA
UNIDADE – Educação Ambiental

CONTEÚDOS
- A poluição pelos resíduos sólidos
- A poluição sonora
- A poluição da água
- A importância da água
- A poluição do ar
- Direitos dos animais
- Incêndios florestais
- Áreas protegidas

OBJECTIVOS- Sensibilizar para os problemas que perturbam o equilíbrio ambiental
- Compreender a responsabilidade individual na preservação do ambiente e da vida na terra
- Ajudar à alteração de hábitos que perturbem o meio ambiente
- Estimular projectos de intervenção social na defesa e recuperação do património ambiental
- Compreender a necessidade de existência de regras para a protecção da natureza
- Reconhecer os direitos dos animais
- Promover o reconhecimento do meio ambiente como património colectivo de valor universal, que a todos compete preservar

ESTRATÉGIAS / ACTIVIDADES
Realização de fichas de trabalho, individualmente ou em pequenos grupos
- Debate em grande grupo
- Realização de pequenos trabalhos de grupo, alusivos aos temas em estudo, dentro ou fora da sala de aula

RECURSOS
- Fichas de Trabalho

AVALIAÇÃO- Observação directa
- Registo em grelha da participação e comportamentos dos alunos
- Auto e hetero avaliação

SEGURANÇA: ACIDENTES DOMÉSTICOS

ACIDENTES DOMÉSTICOS
Conhecer para prevenir

REGRAS GERAIS DE SEGURANÇA
Afixa em local bem vísivel o número nacional de emergência 112, o telefone dos bombeiros e da PSP.

Nas ausências prolongadas deves fechar as torneiras de segurança do gás e da água. Os teus pais devem fornecer uma chave de casa a um vizinho ou familiar.


Não utilizes os elevadores em caso de incêndio.

Não abras a porta a estranhos.

Não coloques obstáculos nas escadas. Mantém as saídas desimpedidas.

Os teus pais devem ter sempre um extintor em boas condições de funcionamento.


Não armazenar produtos inflamáveis nas arrecadações.


Não deves mexer nos produtos tóxicos e medicamentos guardados nos armários.


Coloca anti-derrapantes na banheira e nos tapetes.


Evita mexer em fósforos e velas, principalmente se estiveres sozinho em casa.



UTILIZAÇÃO DE GÁS


Pede aos teus pais para verificarem periodicamente o estado de conservação da instalação do gás, nomeadamente das tubagens e das braçadeiras.


Se sentires cheiro a gás abre as portas e janelas.

Não faças qualquer tipo de chama, nem utilizes os interruptores eléctricos.

Fecha as válvulas de segurança do gás.


Nunca deve ser excedido 1/3 da capacidade das frigideiras, pois o óleo pode inflamar-se.



As garrafas de gás não devem ser guardadas em caves ou deitadas.


UTILIZAÇÃO DE ELECTRICIDADE

As tomadas não devem ser sobrecarregadas.


Não deves colocar roupa a secar em cima dos aquecedores.

Não mexas em aparelhos eléctricos com as mãos molhadas.

COMO TRABALHAR EM GRUPO

O Trabalho de Grupo é uma técnica que vais utilizar muitas vezes durante a tua vida escolar.
Para que possas tirar proveito deste tipo de trabalho, tens aqui algumas pistas de orientação:

Sê assíduo e pontual
 Ocupa rapidamente o teu lugar (que deve ser sempre o mesmo)
 Não percas tempo, inicia o teu trabalho
 Respeita o trabalho dos outros, falando em voz baixa
 Não interfiras no trabalho dos outros grupos
 Regista sempre as tarefas realizadas em cada sessão
 Deixa o teu lugar limpo e arrumado

Há outro tipo de regras que dizem, igualmente respeito ao trabalho de grupo:

 A planificação do trabalho deve ser feita por todo o grupo
 A distribuição das tarefas dentro do grupo, deve ficar registada em folha própria
 O tempo para a pesquisa, execução das tarefas, discussão das ideias, registo das conclusões, deve ficar registado numa planificação, devendo ser respeitado e cumprido.
 Sintetização conjunta dos vários contributos e ideias surgidas.

Vantagens do trabalho de grupo:
enriquecimento do trabalho;
socialização e desinibição dos alunos mais tímidos;
respeito pela opinião alheia;
economia de tempo face ao esforço a aplicar;
aprendizagem da vivência democrática;
estímulo à pesquisa;
responsabilização individual;
rápida circulação de ideias e maior entusiasmo pelas tarefas

ACTIVIDADES : ASPECTOS POSITIVOS

ACTIVIDADES PROPOSTAS:

1. REFORÇO DOS ASPECTOS POSITIVOS

É frequente o surgimento de brigas e de insultos entre os alunos. Às vezes eles deixam marcas que demoram a passar. Há alunos que não se sentem apreciados pelos outros e, quantas vezes, não o são também por si próprios. Há alunos que são muito impulsivos, que têm dificuldade em tomar a perspectiva dos outros e atribuem acontecimentos insignificantes a más intenções dos colegas. Na aula de Formação Cívica podem ser desenvolvidas actividades, tais como jogos e dramatizações, que tenham como objectivo reforçar o conhecimento inter e intrapessoal, orientado para os aspectos positivos de cada indivíduo. É esse o objectivo das actividades aqui sugeridas.

1ª actividade:

Um aluno sai da sala. A turma refere aspectos que aprecia nesse colega, os quais são registados no quadro. O aluno é chamado e tenta adivinhar quem referiu cada um dos aspectos mencionados. Convém estabelecer um número fixo de referências a fazer sobre cada aluno, para que não haja diferença entre eles.

Regras fundamentais a respeitar:

•Só podem ser referidos aspectos positivos.
•Ninguém pode troçar nem ser indelicado ou desagradável.

2ª actividade:

É necessária um bola pequena e leve, que será lançada de aluno para aluno, ou um objecto que sirva de testemunho, que irá passar de mão em mão. O professor lança a bola para um aluno, ou passa o testemunho para o primeiro aluno de uma das filas. Este irá referir um aspecto positivo de um colega da turma, felicitando-o por ele ou agradecendo-lho. Em seguida lançará a bola para um colega ou passará o testemunho àquele que estiver mais próximo. Repete-se o procedimento.
Regras:
Se um aluno não quiser mesmo participar, pode passar a bola ou o testemunho, sem se pronunciar. Contudo, convém incentivar a participação de todos.
Ninguém pode referir aspectos negativos.
Não pode haver reacções negativas (verbais ou não verbais) ao que cada aluno diz.

Exemplos de apreciações que podem ser feitas pelos alunos:

- Obrigada, Susana, por me teres telefonado quando eu faltei.
- Eu gosto de jogar futebol com o Albano. Ele respeita as regras e não anda à pancada.

Comentário: É interessante observar o prazer com que os alunos se envolvem neste tipo de jogos. Eles são levados a ver os outros de uma forma positiva e a verem os aspectos que os outros consideram positivos em si. Fomenta-se a tolerância e promove-se a auto-estima. Passo a passo, vão sendo criadas condições para que as relações interpessoais na turma sejam melhores, com a diminuição de conflitos e a sua resolução de uma forma mais adequada.

SINAL DE ALARME NA TUA ESCOLA: INSTRUÇÕES

INSTRUÇÕES GERAIS DE EVACUAÇÃO
1-SINAL DE ALARME

Se houver uma situação de emergência, soará um sinal de alarme interrompido.
2- PROTECÇÃO
Coloca-te debaixo de uma mesa e conta, lentamente, até dez.
3-SAÍDA
Segue o PERCURSO VERDE até à saída do edifício.
4- COORDENAÇÃO
A coordenação da evacuação é feita pelo professor e um aluno. Este aluno é o CHEFE DE FILA e o professor é o CERRA-FILA, sendo o último a sair. Deverá levar o Livro de Ponto para fazer a chamada no Ponto de Encontro.
5- MATERIAL ESCOLAR
Em caso de evacuação urgente, não te preocupes com o MATERIAL ESCOLAR e VALORES. Sai e não voltes atrás.
6- FILA INDIANA

Todos os alunos devem sair em FILA INDIANA, sem corridas, mas em passo apressado e encostados à parede.
7-INSTRUÇÕES
Não pares nas saídas! Nas escadas e saídas há um Coordenador de Saída. Segue sempre as suas Instruções.
8 PONTO DE ENCONTRO
Em caso de evacuação, existe um PONTO DE ENCONTRO, indicado nas plantas de evacuação, para onde deves ir.
9-MANTÉM-TE NO PONTO DE ENCONTRO
Deves manter-te sempre no PONTO DE ENCONTRO até serem dadas outras instruções pelo teu professor ou pela direcção da escola.